4 erros estratégicos para os resultados da BRF

Frente aos resultados financeiros contraproducentes em 2016, os principais dirigentes da empresa assumem: a empresa errou em 2016.

Há algum tempo acompanho a BRF como um dos cases na área de estratégia. Apesar de ser a maior produtora de frango do Brasil, inevitavelmente conheço alguns de seus (des)caminhos. Nasci em Videira, na mesma cidade em que a Perdigão fincou as primeiras raízes em 1934, abatendo frangos e suínos e produzindo banha. Iniciei carreira profissional nessa empresa nos anos 90, passando pelas áreas de Relações Institucionais, Controladoria e Gestão de Recursos Humanos. Na minha cidade, de pouco mais de 40 mil habitantes era ofensa comprar produtos da concorrente Sadia – fundada em 1944 em Concórdia, no corredor da agroindústria em Santa Catarina. Era uma rivalidade histórica entre duas gigantes. Parece ironia, mas os resultados financeiros, não o destino, pôs as duas empresas na mesma mesa.  Entre 2009 e 2011, o processo de fusão se (des)enrola com a aprovação do CADE. Em síntese, da fusão/associação entre Perdigão e Sadia, surge a BRF Brasil Foods. Juntas, comercializam em mais 150 países, com mais de 105 mil funcionários. A esperada simbiose entre as duas parece não ter ocorrido nas proporções esperadas.

Eu diria que a empresa não errou só em 2016. A BRF acumula erros estratégicos há alguns anos e a crise apenas acentuou efeitos de condições já instaladas na empresa. Aponto quatro problemas estratégicos que merecem atenção dos dirigentes:

  1. A Fusão entre Sadia e Perdigão, pode ser comparada a um casamento arranjado às pressas e forçado. No início de 2009, um dos principais executivos da Sadia reclamava o fato da empresa ter virado “Geni”. O fato é que parecem não conseguirem conviver nos mesmos cômodos da casa. O casamento aconteceu, mas dormem em quartos separados. É possível perceber áreas, pessoas em diferentes níveis da empresa competindo entre si em função de suas origens empresariais. Há disputas por espaços organizacionais e mercado de maneira distinta. Não se estabeleceu um modus operandi que permita unidade de direção.
  2. Reestruturação – a casa não foi suficientemente organizada e arrumada em diferentes searas. Sobreposições, ineficiência, indicadores que parecem não servir para revisão de percursos adotados. Demissões de pessoas qualificadas (sem falar na maneira como acontecem), escolhas equivocadas, falta de revitalização fabril, integração rural fragilizada. Ora, num setor em que a integração vertical deve proporcionar eficiência coletiva, as bases das interações com todos os players da cadeia produtiva devem estabelecer e fortalecer relações mais colaborativas, muito além da exploração do poder de barganha sobre os elos da cadeia. Agregue-se aí as estratégias de Diversificação que exploram pouca sinergia entre as unidades de negócio. Pela maneira como a empresa tem se movimento há sinais claros de problemas relacionados à falta de reestruturação, ou implementação desta.
  3. Internacionalização sem reestruturação. Estratégias de internacionalização servem a objetivos de expansão. Expandir sem se reestruturar de maneira a garantir excelência operacional em um mercado commoditizado é erro de principiante. Nesse caso, o controle dos resultados está muito mais relacionado à gestão das capacidades internas do que a definições de preço. A turbulência gerada pela crise, tem efeitos devastadores em organizações que acumulam erros e gaps de competência cada vez mais acentuados.
  4. Adoção de modelos de gestão incapazes de lidar com a complexidade do setor e a amplitude da cadeia produtiva. Note-se que a BRF contempla atividades de maneira a integrar players da agroindústria. Comercializar frigorificados/proteínas é a ponta do iceberg. Contemplar toda a trama produtiva envolvida na produção de aves e suínos também responde pelos resultados desse negócio, visto que se trata de um setor que explora vantagens pela integração vertical. A justificativa dos dirigentes para os resultados contraproducentes aponta para uma visão do negócio sob a perspectiva mercadológica (varejo) o que parece insuficiente frente a complexidade do setor.

Será preciso aprender a enfrentar os efeitos financeiros a partir das suas causas viscerais, pela gestão. Mais do que buscar financiamento externo para financiar a ineficiência, será preciso superá-la – sob pena de assistirmos mais um gigante sucumbindo em função da inaptidão para se movimentar de maneira fluida e integrada.

Showing 43 comments
  • Lizete Borga
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    Você deve ser a presidente dá antiga nossa Perdigão com tantos erro perderao até o nome concordo com os 4 erros que tu achou mas tem muito mais o meu pai criava suínos pela Perdigão a mais de 50 anos e agora vendo tudo se perdendo pró falta de pensar antes de fazer negócios e uma pena

  • Sueli
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    Tantos idiotas estáticos diante do óbvio!

  • Enio Sônego
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    Excelente posicionamento e considerações suficientemente claras para quem sabe, para quem conhece e também para os que quiserem saber e conhecer. Entretanto resta saber se os detentores do controle da BRF querem tomar e executar, as (duras) medidas necessárias para evitar o que está (d)escrito no último parágrafo .

  • Amauri Araújo de Sousa
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    Concordo plenamente!

  • Jorge Natal
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    Concordo plenamente, vi muitos colegas de trabalho serem destituídos das suas funções e levando todo aprendizado é conhecimento e competências para várias outras empresas do mesmo ramo e outras,com sucesso absoluto. 30 anos de Sadia. Me dá uma tristeza enorme.
    A falta de conhecimento do ramo é uma das grandes causas de parte desse desastre. Torço para que a humildade seja a máquina que conduzirá a retomada de rumo dá BRF.
    Como dizia seu ATTLIO FONTANA somos um frigorífico. Que estás palavras, dele, sejam interpretadas para os dias de hoje (humildade).
    Boa sorte e muita humildade com competência.

  • Arinaldo Soares Chagas
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    Somente a cúpula da empresa recusava ver tantos erros desde a fusão, e aquando apontávamos éramos até demitidos, ouça a base e minimize erros

  • Sérgio Utzig
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    Ser empreendedor no Brasil com a atual legislação e prosperar ? Só com milagre.

  • Brf é um lixo
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    Quem já trabalhou na BRF nunca mais compra qualquer produto dessa empresa.

  • Thomas Strauss
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    Conheço a Perdigão desde 1971 como fornecedor de ingredientes lácteos de uma cooperativa holandesa e meus primeiros pedidos foram assinados pelo Sr. Saul (pai) e mais tarde pelo Sr. Flavio nos meus deslocamentos para Videira. Naquela época gostei muito do espirito de família que unia os funcionários com a direção da empresa, o que me proporcionou muitas amizades nas mais diversas áreas da empresa e nas diversas unidades. Quando observava brincando que certo teste podia ser feito no laboratório de pesquisas em Videira pelo Dr. João e onde tinha as melhores condições o pessoal de compras respondia que eu conhecia a empresa melhor que eles.
    Este espirito me levou no início dos anos 90 convencer minha representada na Holanda de, apesar de uma certa crise financeira na empresa, de continuar fornecendo normalmente com o argumento, a equipe era boa e trabalhava com gosto, a marca era excelente, as fábricas estavam bem instaladas, tinha somente um pequeno problema na direção que estava sendo resolvido pelo Sr. Eggon. O profissionalismo de vários colegas da Perdigão levados para Holanda naquela fase ajudou neste convencimento. A fusão entre Perdigão e Sadia era por vários motivos, inclusive políticos, inevitável porém os principais negociadores Sr. L. F. Furlan e N. Secches eram amigos e se entendiam bem e ambos eram do ramo e o começo da nova empresa BRF mostrava sinais e resultados em geral positivos apesar da prejudicial demora do CADE com sua decisão. O maior problema em meu ver começou quando um alguém fora do ramo entrou como um estranho no ninho. Neste momento pode ajudar lembrar as origens. Vejo com certa tristeza a relação muito desproporcional entre o número de lojas de fábrica da BRF e o mesmo número de lojas SWIFT (JBS) em São Paulo.

    • Alcionei
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      Boa tarde!

      Parabéns pela explanação sobre como era e como ficou a empresa.
      Conheci funcionários que brigavam pra devemder a empresa em todos os âmbitos, porém vi muitos desses funcionários serem demitidos sem nenhuma explicação a não ser por ego e ignorância.

      • Thomas Strauss
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        Boa noite Alcionei, possivelmente V. Sa. lembra como eu a inauguração da nova unidade de administração em Mossunguê/Curitiba quando um dos novos administradores da Tarpon falou para os funcionários reunidos no hall de entrada: “Agora Vocês vão trabalhar como nunca trabalharam antes”. Esta frase me lembrou de discursos de lideres comunistas na antiga Alemanha Oriental (comunista). Isto por acaso estimula funcionários ? Sabemos do resultado na Alemanhã Oriental, a maioria das empresas quebraram. Acredito que neste momento muita gente qualificada deve ter pensado em fazer planos para puxar a sua carroça.

      • Thomas Strauss
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        Possivelmente V.Sa. lembra a inauguração da nova sede da administração em Mossunguê / Curitiba quando um dos novos administradores da Tarpon falou para os funcionários reunidos no hall de entrada: “Agora Vocês vão trabalhar como nunca trabalharam antes”. Esta frase me lembrou de discursos de lideres comunistas na antiga Alemanha Oriental (comunista). Isto por acaso estimula funcionários ? Sabemos do resultado na Alemanhã Oriental, a maioria das empresas quebraram. Acredito que neste momento muita gente qualificada deve ter pensado em fazer planos para puxar a sua carroça.

  • Marcio Gomes
    Responder

    Uma é uma empresa que esqueceu da sua força, que sempre foi os colaboradores, trabalhei 15 anos na Sadia, tive que sair para ser valorizado em outra empresa, e muitos fizeram o mesmo, mais torço para que cresça e gere oportunidades

  • Cida Medeiros
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    Erros a olhos vistos, quem administra não entende nada de planta frigorífica, gastam fortunas em marketing, propagandas horríveis….E o que precisa olhar pró integrado, pro frigorífico, que é a base de tudo…Isso não fazem… Planilhas são bonitas ..Mas qualquer um faz…. já administração…..Hummmm

  • Mauro
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    Falta de humildade quando o Sr. Atilio, Dr. Zoé, Osório Omar sairam da empresa por diversas circunstancias. Depois os filhos, netos a diretores sem competência alguma, ajudados por administradores sem QI suficiente para deixar uma empresa hoje bem. Uma empresa se faz no momento e para o futuro. Sempre aquele lema de treinar um funcionário da casa para ser um diretor não dá certo. Ele pode ser até esforçado, mas o QI não funciona em alguns. Uma empresa que nunca aceitou um CV externo para um cargo de nível na empresa, vai pro brejo. Quando me formei no curso superior voltei a Concórdia e meu sonho era trabalhar numa empresa que sempre admirei. Me falaram que teria que começar no abate para chegar no cargo que eu pretendia e era formado.

  • Jonas Cardoso
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    Precisa tomar novos rumos e Urgente, sob pena de não se conseguir mais por no rumo, e não será puxando o barbante que alegaram que a outra administração empurrava, hoje necessita de cabo de aço e robusto.

  • André Alves Barreto
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    Era bom a Perdigão e a Sadia cada uma no seu lugar …. Posso falar pelos 15 anos trabalhado na Perdigão concorrência no mercado …. Sempre em busca do topo. Agora ficou sem lógica sem concorrentes entre as 2 maiores

  • Marcelo
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    No pouco tempo que estive dentro da empresa, vi pessoas excepcionais sendo desligadas da empresa pelo simples motivo dos altos salários.
    Uma gerência comercial incompetente, levando para o lado pessoal assunto inerentes a vendedores.
    lamentável ver uma empresa com tamanho prestígio se desmoronando.

  • Ana
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    Será que a “cúpula” não enxerga? Empresa de capital aberto, quais os maiores acionistas no início da fusão? É só acessar o site da Bovespa….acorda BRASIL.

  • João Silveira
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    A Perdigao crescia devagar, mais com pés no chão com muita humildade, a Sadia era arrojada, achava que cresceria rapidamente, até quebrar. A Perdigao comprou a Sadia e com sua humildade deixou alguns lideres da Sadia dar uma verdadeira rasteira, agora ta ai o resultado. Nem nas maiores crises a Perdigao deu prejuizo. Chame os ex Perdigao pra administrar.

  • Valéria
    Responder

    Concordo plenamente , senti na pele a demissão , bato no peito e tenho certeza da minha competência no cargo que ocupei por quase duas décadas . E por brio e rixa, fui desligada da pior forma possível. Não desejo pra nenhum colaborador os piores 6 meses da minha vida dentro da BRF.
    Pelas várias pessoas que se sustentam com o emprego desta empresa, tomara que se reergam.

  • Osmar
    Responder

    Envasar e vender cerveja é totalmente diferente de produzir aves, suínos e seus derivados. Fusão que aconteceu por imcopetencia, falta de gestão e respeito ao principal pilar de uma Cia, as pessoas.

  • ATXF
    Responder

    Discordo da autora. Não vejo erro estratégico onde não há estratégia. Vejo somente um banco de moleques incompetentes que estão com poder nas mãos, brincando de administrar, como se fosse um jogo para um trabalho escolar. Os atuais “administradores” simplesmente não sabem onde se meteram. São investidores acostumados a apostas e não em trabalhar.

  • José Paulo
    Responder

    Trabalhei anos na sadia,a maior preocupação do fundador foi deixada de lado a valorização dos funcionários. Foram enxugando até o q podiam,a má gestão com a fusão ficou mais evidente. Chegando ao ponto de gerente de unidade com os salários que ganhavam se preocupar com chão de fábrica, e os supervisores serviam prá que.tem unidades que até hoje não acertaram dissídios de 2015/2016 , será q os funcionários tão sendo valorizados, o patrimônio da empresa.

  • Victor
    Responder

    Trabalhei por 17 anos na empresa, na área comercial , passando por várias filiais. Conheci muita gente. E quando saí, agora em outubro, notei que eu era o último. Ninguém mais está aguentando. E quem aguenta, é desligado. Como já comentaram anteriormente, a experiência que formou a gigante saiu. Tanto Perdigosta ou Sadia. Vieram os EX- AMBEV. E eles acham que vender frigorificados é como vender cerveja.
    E se você ousar em pensar diferente, e alertar, está fora. Pensaram em pegar uma empresa e aumentar o valor das ações e depois vender para outros. Mas parece que perderam muito dinheiro. Hoje as ações estão mais baratas do que na época da fusão. E para eles é só o que interessa. Não são indústriais. São especuladores de bolsa de valores.

  • Victor
    Responder

    Trabalhei por 17 anos na empresa, na área comercial , passando por várias filiais. Conheci muita gente. E quando saí, agora em outubro, notei que eu era o último. Ninguém mais está aguentando. E quem aguenta, é desligado. Como já comentaram anteriormente, a experiência que formou a gigante saiu. Tanto Perdigão ou Sadia. Vieram os EX- AMBEV. E eles acham que vender frigorificados é como vender cerveja.
    E se você ousar em pensar diferente, e alertar, está fora. Pensaram em pegar uma empresa e aumentar o valor das ações e depois vender para outros. Mas parece que perderam muito dinheiro. Hoje as ações estão mais baratas do que na época da fusão. E para eles é só o que interessa. Não são indústriais. São especuladores de bolsa de valores.

  • CSGN
    Responder

    A BRF entregou de mão beijada os seus principais executivos para a concorrencia.
    Posso afirmar que uns 40 ou 50% deles estão na JBS.
    O Abilio Diniz deveria se retratar quando falou que a BRF era uma empresa “torta”.
    Sou de origem Sadia e em 2 anos conseguimos fazer aquele colosso operar em sinergia. Areas comercial, logistica, produçao, agro, integrados, sistemas, merchandising, não foi facil.
    Sai em 2013 apos esta “nova gestao”, este “desentortador” arrogante assumir o conselho, e nao me arrependo.
    Sai arrancando os bustos do Sr. Attilio das plantas que eram da Sadia, amedrontando os mais antigos e fazendo lavagem cerebral nos mais novos.
    A BRF nao vai lograr exito. Estes especuladores que estao a frente vao pular fora.
    Curioso e’ que por incompetencia financeira eles em setembro, decidiram, unilateralmente, postergar os pagamentos aos fornecedores. Agora e’ o proprio quadro funcional que vai ter que dar a cota.

  • CSGN
    Responder

    *saiRAM arrancando os bustos (…)

  • CRISTHIAN DAVI PEREIRA
    Responder

    Briga por market share com a JBS independente de preços, tanto no mercado interno quanto no mercado externo. Todos sabiam onde isto chegaria…

  • Marcio
    Responder

    Sua reflexão e de extrema acertividade os capitalistas que agora gerenciam a brf querem lucro a todo custo esquecendo do seu principal valor que são as pessoas que construíram estas marcas descartadas pela diferença salarial conquistada a anos de trabalho árduo e a substituição de gerentes e diretores do ramo de bebida onde implantam processos ineficientes porém aos olhos dos capitalistas lucrativo onde qualquer um pode executar as funções como se fossem robôs a baixo custo salarial com altíssimo nível de estress causando um alto nível de tunover na empresa e ações trabalhistas resumindo maquiar resultado para acionista

  • Jerry Farias Eusébio
    Responder

    Trabalhei desde 2005 a 2016 sou oriundo da saldosa perdigão o meu ver o grande problema que vi nessa função é enquanto nos dá perdigão focava em vendas e fechamento de volumes a Sadia ficava implantado sistemas de vendas perdendo tempo no PDV,quando a fusão foi feita levaram essa ideia para a BRF,hj a empresa está nessa situação o corporativo da Sadia ERA muito burocrático enquanto da Perdigão muito aberto na questão de vendas,foco total nas vendas se não mudar as coisas a BRF caminha para dias negros.

  • Ex Funcionário
    Responder

    A Perdigão foi a melhor empresa para se trabalhar, fiquei por 10 anos, acompanhei a fusão e a pior decisão da BRF foi deixar na mão de Gestores dá Sadia, acabou com empresa aos poucos. Demitiram excelentes profissionais por medo de perderem espaço e hoje está Nesse caos. Para que mude alguma coisa tem que se começar desde a cúpula até o Comercial com pessoas que valorizem o potencial do profissional é o respeitem como ser humano.

  • Ex Funcionário
    Responder

    A Perdigão foi a melhor empresa para se trabalhar. fiquei por 10 anos, e acompanhei a fusão.A pior decisão da BRF foi deixar na mão de Gestores dá Sadia, acabou com empresa aos poucos. Demitiram excelentes profissionais por medo de perderem espaço, e hoje está nesse caos. Para que mude alguma coisa, tem que se começar desde a cúpula até o comercial. Com pessoas que valorizem o potencial do profissional e o respeitem como ser humano.

  • CDP
    Responder

    Trabalhei por 17 anos nessa empresa sendo 12 anos em planejamento e controle de produção e pouco antes de iniciar a restruturação ouvi um dos executivos dizer que o atual presidente do conselho havia falado que a empresa era torta e empurrava o barbante em vez de puxar, porem essa é a visão de varejista que desconhece a complexidade e imensidão da cadeia produtiva de frango e suinos, falei para alguns que queria ver por quanto tempo a empresa iria conseguir trabalhar e crescer com essa visão,até que o negocio estava alinhado da gestão anterior ate se manteve e quando iniciou o ciclo das novas ideias o negocio afundou, pois não aceitam e não admitem que ha pessoas dentro da companhia que entendem como esse negocio de frango e suíno funcionam.

  • Francisco Ribeiro
    Responder

    Trabalhei por quatro anos e meio, saí antes da fusão. Tive oportunidade de estagiar e sair preparado para o mercado de trabalho. Sempre ouvia de meus superiores que devemos estudar não para crescer dentro de uma empresa. Mas estudar para se qualificar e se preparar para a vida.

  • Evandro Teixeira
    Responder

    Tinha uma empresa que efetuava serviços de ti dentro na BRf quando ainda era Perdigão, os gestores de ti sempre cobravam serviços de qualidade e matérias dá mesma forma , certificacoes e etc.. após a unificação dá Perdigão com Sadia terceirizaram a parte de ti para empresas que não tinham condições algumas de gerir este setor,enviando material de baixa qualidade , pagando valores muito abaixo do mercado, sem fiscalização alguma dos serviços executados ,sem falar de pagamentos que sempre atrasados. Nossa empresa quase faliu trabalhando para estes vermes sugadores. Fica a dica serviços terceirizados nunca vão ter a qualidade de contratar diretamente as empresas .

  • Clézio Petry
    Responder

    O principal erro foi a Perdigão entrar nessa barca furada que foi essa “fusão” com a Sadia. O que se viu depois foi um golpe orquestrado por um dos fundos de pensão chamado Tarpon, juntamente com os Furlans e Fontanas que de forma covarde, rasteira, velada e chavista, apunhalaram o Presidente do conselho e da Empresa, rasgando inclusive, o código de ética da empresa, que não permitia que o Presidente tivese idade acima de 60 anos. Colocaram um boneco de Olinda como presidente, com a chancela de um arrogante, ignorante e incapaz pra ser o Presidente do conselho, chamado Abílio Diniz, aquele mesmo que o presidente da casino colocou pra correr com o rabi entre as pernas. Parafraseando Carlos Drumond: e agora José?

  • Elison Sousa
    Responder

    Trabalhei nesta organização (Perdigão )10 anos em Brasília, sendo os quatro últimos como BRF. O pós fusão criou uma nova empresa, mas com funcionários que trabalham apenas pelo salário e nada mais. Orgulho e amor, já era. Que saudade do tempo em que você de qualquer parte do Brasil ligava para Itajaí ou Videira e a pessoas do outro lado te conhecia pela só pela voz, por exemplo a Romi ou a Luiza da antiga CredPerdigão. Hoje para trabalhar lá é requesito obrigatório ser um déspota.

  • Junior
    Responder

    Depois de uma carreira de 24 anos de Perdigão e BRF fui desligado sem motivos em Janeiro 2015.
    Lembrando que 3 meses antes fui homenageado com boton de ouro.
    Dediquei 100% dá vida para a via, mas com a chegada do Abílio um Deus grego que acha que sabe tudo, colocou a Galeazzi e demitiu pessoas, pai de família e profissionais competentes com o discurso que a BRF precisava ser a AmBev do Brasil.
    Este é o rumo dado a está via.

  • Wellington
    Responder

    Depois de 29 anos prestados com muito amor e acúmulo de experiência fui descartado sem nenhum respeito e vi colegas também que vestiam a camisa serem descartados da mesma forma. Assim como eu outros foram acolhidos e muito bem recepcionados da melhor forma possível pela concorrência do mesmo seguimento e junto trouxemos nossa experiência de tantos anos na Maravilhosa Sadia.

  • Leandro
    Responder

    A BRF (unidades de Marau e Serafina Correa) iniciou na semana passada um ciclo de demissões em setores essenciais, de pessoas muito qualificadas e muito bem conceituadas entre os demais.

    Os (alguns) supervisores ou mesmo a gerência (que fazem uma administração pífia, superficial e amadora) preferem descartar pessoas qualificadas, apenas por discordar da forma e formato de administração ou por receberem opiniões contrárias as deles, e manter pessoas que “puxam saco” ou aceitam tudo o que é feito! Unidades que eram referência, hoje estão perdendo qualidade no trabalho, pessoas doentes (com atestados, afastamentos, etc), desapontadas e desmotivadas.

    Infelizmente a decadência da BRF continuará até que não haja uma reformulação de cima para baixo… ou seja, o caminho inverso da pirâmide!!! Quem sofre são os familiares e a própria cidade que abriga estas unidades, pois ao invés de gerar empregos, atualmente, está empilhando desempregados…

  • Thomas Strauss
    Responder

    Lembram quem, após uma especulação financeira desastrada (hedging) na Sadia em 2009, forcou os Senhores Nildemar Secches e Luiz Fernando Furlan de juntar suas empresas, parece que não podia dar outra.

  • Thomas Strauss
    Responder

    Finalmente foi decidido substituir o atual presidente da BRF e os personagens que forcaram a colocação dele vão ficar ?

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